Levantar as seis horas da manhã em um domingo não é uma proeza muito comum. A não ser que você já esteja habituado a fazer isso, a sua cabeça vai pensar trezentas e vinte duas vezes antes de se levantar e tomar um banho para exorcizar o sono do corpo. É uma batalha desleal, cá entre nós. Para não parecer mentira, olha só a nossa cara amassada nessa foto.
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| Com todos os demônios já exorcizados. |
Só mesmo uma razão muito forte levará você a fazer isso mais do que uma dúzia de vezes. E três motivos especiais nos conduziram: cumprir o nosso cronograma de atividades físicas com uma escolha incomum para nós, evitar o tumulto da ciclovia e não voltar para casa torrados pelo sol.
Foram quinze quilômetros altamente insanos! Estávamos todos cercados de muita vida, paz e tranquilidade. Pedalamos floresta a dentro. Em algumas partes com a vegetação fechada e úmida nos dava a sensação mágica de estar no meio de uma aventura bem distante de casa. Com a chuva que caiu em Salvador um dia antes, acabou até rolando um visual de rali com algumas curvas e trechos ultra radicais.
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| A natureza correspondeu elevando o nível de dificuldade. |
Quem não se salva é um bumbum do ciclista desabituado, que pode passar até uma semana com fortes dores na região glútea tendo que andar a passos de tartaruga para mascarar a dor. Qualquer lembrança de desconforto e fadiga some quando você se recorda da felicidade que o contato com a natureza te traz. É indescritível.
Durante todo o percusso fomos regados por muita - mas muita - diversão, aventura e suor. Teve até uma pequena demonstração do espírito de Bob Marley, malabarismo das antigas sobre duas rodas e a descontração clássica de sempre.
Você vai se empolgar!
